"Quero mudar de carreira, mas não posso abrir mão da renda atual"
- Isis Brum
- 7 de set. de 2023
- 2 min de leitura
Você se identifica com essa frase? Pois saiba que você não está sozinha! Um estudo realizado pela Ebac, instituição de ensino com foco em educação continuada e desenvolvimento de competências profissionais, revelou que essa já é uma tendência entre brasileiros, especialmente porque o mercado passou por grandes transformações nos últimos anos. Mais da metade das pessoas economicamente ativas mudou de profissão ao menos uma vez e 19%, duas vezes. Eu faço parte da estatística do segundo grupo.
A pesquisa, realizada em 2022, com 932 entrevistados, mostra que as mulheres mudam mais que o homens. 55% delas já mudaram de carreira uma vez e os números comprovam que, na média geral, a busca por uma nova atividade é ainda maior entre pessoas com mais de 55 anos (67%), seguidas do público na faixa etária de 35 a 54 anos.
Identifiquei 4 principais desafios que as mulheres precisam lidar no momento de decidir mudar de profissão:
Dependência Financeira: Muitas mulheres nessa faixa etária são as principais provedoras de suas famílias, tornando a dependência financeira um desafio crucial.
Falta de Tempo: Conciliar a busca por qualificação e a transição de carreira com as responsabilidades familiares pode ser esgotante.
Medo do Fracasso: O medo do insucesso em uma nova carreira pode ser paralisante, uma vez que afeta diretamente o sustento da família.
Barreiras de Gênero: Mulheres ainda enfrentam desigualdades no mercado de trabalho, o que pode dificultar a entrada em áreas predominantes masculinas.
Mas é preciso lembrar que desafios não são barreiras intransponíveis. Levar adiante o seu projeto de mudança requer forte motivação, em primeiro lugar, disciplina e planejamento. Terá de abrir mão do tempo livre no período da mudança, sem dúvidas, e estabelecer recompensas de médio e longo prazo.
A mudança pode ser feita de forma assertiva, contudo, sempre depende da situação e da necessidade de cada mulher.
Planejamento Financeiro: Antes de iniciar a transição, é fundamental criar um plano financeiro sólido que leve em consideração as despesas familiares e possíveis quedas temporárias na renda.
Networking e Mentoria: Construir uma rede de contatos e buscar orientação de mentores pode abrir portas e fornecer insights valiosos sobre a nova carreira.
Educação Flexível: Optar por cursos e treinamentos online ou de meio período permite que as mulheres adquiram novas habilidades sem comprometer completamente seu tempo com a família.
Empreendedorismo: Considerar a possibilidade de iniciar um negócio próprio, que possa ser gerenciado de forma flexível, pode ser uma solução para mulheres que desejam controlar sua renda.
Apoio Familiar: Comunicar seus objetivos e buscar apoio da família pode aliviar o peso emocional da transição e permitir que todos compreendam as mudanças necessárias.
Com planejamento cuidadoso, apoio adequado e a determinação necessária, é possível buscar uma carreira mais satisfatória, ao mesmo tempo em que se mantém o compromisso de sustentar a família. É essencial lembrar que essa jornada exige tempo e paciência, mas os benefícios a longo prazo valem a pena.

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