O sucesso tem a face da mãe

O que pode ajudar ou atrapalhar na jornada de sucesso de uma pessoa? A disciplina, o esforço, o conhecimento? A esperteza? Nada disso. Há mais variáveis emocionais influenciando os nossos resultados do que jamais sonhamos.

Segundo Bert Hellinger, o psicoterapeuta alemão criador das Constelações Familiares, a história de sucesso de todo ser humano começa com a mãe. Você é o resultado do que deu certo entre os seus pais e, ao nascer, cumpre o seu primeiro trabalho com êxito. Afinal, não é à toa que a mãe entra em trabalho de parto. Em condições naturais, o filho é quem decide nascer e conta com a mãe para fazer essa transição de ciclo. A vida vingou. Esta é a nossa primeira riqueza. Este é o nosso primeiro sucesso.

Depois do útero, somos tomados por nossa mãe. Instintivamente, nosso movimento é o de buscar o peito por meio do qual vamos receber o primeiro sustento de que precisamos. O leite materno é a nossa segunda riqueza.

Hellinger percebeu que esses movimentos correspondem, na vida adulta, ao sucesso profissional. Quem construiu uma boa relação com a mãe tem uma boa relação com o trabalho e com o dinheiro.

O trabalho é o servir com alegria. Oferecemos a outros, direta ou indiretamente, habilidades, força, conhecimento, enfim, algo que temos de valor, e colocamos a serviço de outro. Ninguém trabalha para si mesmo, nem mesmo os autônomos, já que os seus clientes são os seus "patrões".

Em troca desse serviço, recebemos um valor em dinheiro correspondente ao que foi ofertado. A principal função do dinheiro é o nosso sustento, é atender às nossas necessidades básicas.

Portanto, pessoas em relações difíceis com a mãe, sejam queixas conscientes ou inconscientes, têm dificuldade tanto com a profissão quanto com a sua autonomia financeira.

Qualquer que seja a questão que você enfrente com a sua mãe, é necessário reconhecê-la como fonte abundância da qual apenas toma, sem nenhum julgamento.

Filhos que se tornam salvadores das mães jamais tomam delas, assim como aqueles que se compadecem, sentindo pena ou dó do destino delas. São aqueles que dizem de forma "bondosa e inocente": - Coitada da minha mãe, não pode isso, sofreu aquilo... se não sou eu, se eu não fizer, sou o único que se importa... Outros ousam dizer que se criaram sozinhos ou porque foram deixados, ou porque a mãe faleceu ou cresceram sentindo-se negligenciados. São feridas que requerem cura, já que a dor limita o nosso entendimento e reforça o nosso repertório de exigências e cobranças.

A postura inadequada, pelo olhar da abordagem sistêmica, leva o filho a uma posição de arrogância, tornando-se maior do que a mãe. Com isso, perde o essencial: a sua fonte de riqueza e abundância.

E como reverter essa situação? O movimento simples é tomar a mãe em seu coração exatamente como ela é ou pode ser, com o destino que lhe coube. Reconhecer que ela contribuiu com o seu primeiro êxito e sustento. Se algo não saiu bem nesse momento, você teve o que precisou para viver ou não estaria aqui. Libertar-se das exigências, nesse caso, é crucial. Dê um "sim" a tudo como foi sem julgar.

Perceber se está no seu lugar de filho (a) diante da sua mãe ou se está ocupando um papel maior, de mãe/pai da mãe. Nesse caso, é preciso reverenciá-la com muita humildade e colocar-se sinceramente como pequeno (a) diante dela, não importa o que tenha acontecido.

No entanto, se ainda for complicado compreender o que houve ou se a situação é mais complexa, o ideal é passar por uma sessão de Constelação Familiar individual ou em grupo. Nesse sessão, o profissional qualificado ajudará a perceber a dinâmica oculta por trás do problema que está enfrentando.

Se você tiver interesse em meu trabalho como facilitadora de Constelações Familiares, acesse esta página. Você encontrará o passo a passo de como a sessão funciona e poderá decidir se é a técnica certa para lidar com a falta de sucesso profissional e com a dependência financeira.

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